Ahh segredo infinito!
Anda, corre e eu grito
Corpo trêmulo e um suspiro!!!
Ah!!!
Faz em mim e eu sinto!!!
Língua, boca, rua!!
Nua, clara, escura!!
No arrepiar da minha nuca!!!
Fragilidade crua
Vagão eterno burla
Minha intimidade, minha lua!
Ahh! Meu seio flutua!!!
Delicioso sabor, me vejo tua!
Aperta, grita, corta!
Felicidade!
Estou morta?!
Não, no paraíso me encontro!
Daqui te vejo tonto!!
E eu a viajar!
Vem, me dá teu mel!
Com ele quero me saciar
Lábio, boca, esôfago!
Assim eu sinto teu gozo!
E teu corpo, em mim, pesar!!!
.......................................................Patty Albuquerque
lembrei de um poema de Rosemberg Cariry:
ResponderExcluirTarde em Provence
Suave a seda vermelha, serpente,
deslizando sobre os teus seios,
enquanto a tarde se veste
com o ouro da paisagem-enigma
e as luzes bordam as cores
das lavandas e dos girassóis.
Na montanha, um pastor conduz
O seu rebanho de memórias;
no campo, uma mulher sopra
segredos nos ouvidos
das uvas grávidas de promessas.
Sob uma árvore, um velho cego canta
uma balada trágica
só para lembrar que a vida é bela;
como tu, ó minha amada;
como o pastor com seus girassóis,
como a mulher colhendo memórias,
como esse vento suave que beija
e alisa a tua branca pele
oferecendo-te, na plenitude do tempo,
esse efêmero e indecifrável prazer.