segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ahh segredo infinito!
Anda, corre e eu grito
Corpo trêmulo e um suspiro!!!
Ah!!!
Faz em mim e eu sinto!!!

Língua, boca, rua!!
Nua, clara, escura!!
No arrepiar da minha nuca!!!
Fragilidade crua

Vagão eterno burla
Minha intimidade, minha lua!
Ahh! Meu seio flutua!!!
Delicioso sabor, me vejo tua!

Aperta, grita, corta!
Felicidade!
Estou morta?!

Não, no paraíso me encontro!
Daqui te vejo tonto!!
E eu a viajar!

Vem, me dá teu mel!
Com ele quero me saciar
Lábio, boca, esôfago!
Assim eu sinto teu gozo!
E teu corpo, em mim, pesar!!!

.......................................................Patty Albuquerque

Um comentário:

  1. lembrei de um poema de Rosemberg Cariry:

    Tarde em Provence

    Suave a seda vermelha, serpente,
    deslizando sobre os teus seios,
    enquanto a tarde se veste
    com o ouro da paisagem-enigma
    e as luzes bordam as cores
    das lavandas e dos girassóis.

    Na montanha, um pastor conduz
    O seu rebanho de memórias;
    no campo, uma mulher sopra
    segredos nos ouvidos
    das uvas grávidas de promessas.

    Sob uma árvore, um velho cego canta
    uma balada trágica
    só para lembrar que a vida é bela;
    como tu, ó minha amada;
    como o pastor com seus girassóis,
    como a mulher colhendo memórias,
    como esse vento suave que beija
    e alisa a tua branca pele
    oferecendo-te, na plenitude do tempo,
    esse efêmero e indecifrável prazer.

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