sábado, 5 de setembro de 2009

SINTAXE

Vambora!!!

- FRASE
Enunciado lingüístico de sentido completo e capaz de estabelecer comunicação. A presença de verbo não se faz necessária. A informação passada pode ou não ser verdadeira. Uma só palavra pode virar uma frase, contanto que venha acompanhada de pontuação (“.”, “?”, “!”).
Ex.: Silêncio! / Espero que o time conquiste o campeonato. / A capital do Ceará é Caucaia.


- ORAÇÃO
Enunciado que se organiza ao redor de um verbo (ou locução verbal). A oração pode ou não ter sentido completo.
Ex.: Viajei muito pelo Brasil inteiro. / Quando viajo, sinto uma sensação de liberdade.


- PERÍODO
Frase constituída por uma ou mais orações. No decorrer das explicações, veremos que os períodos compostos poderão classificar-se em: Período composto por coordenação e período composto por subordinação.
O período pode classificar-se em:
- simples: formado por uma única oração, que recebe o nome de oração absoluta. Ex.: A mãe dela brigou.
- composto: formado por mais de uma oração. Ex.: Se os alunos chegarem cedo, peça que esperem por minhas orientações.
Quando o período for composto, ele pode ser classificado como período composto por coordenação e/ou período composto por subordinação.


Ø PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO: Quando uma oração não exerce função sintática em relação à outra, ou seja, são interdependentes. Temos esse tipo de período quando este é formado exclusivamente por orações coordenadas. Estas podem estar ou não interligadas por um conectivo. Quando não estão ligadas por conectivos são ditas assindéticas, quando ligadas, sindéticas. Ex.: Fui para a escola(1ª), entrei na sala(2ª) e cumprimentei o professor. (3ª) – A 1ª e a 2ª são coordenadas assindéticas, enquanto que a 3ª é coordenada sindética aditiva.
As coordenadas sindéticas classificam-se em:
v Aditivas: Exprimem idéia de soma, adição. Ex.: Pedro estuda(assin.) e trabalha(sind. aditiva).
v Adversativas: Exprimem idéia de adversidade, oposição, contraste. Ex.: Pedro estuda(assind.), mas não aprende(sind. adversativa).
v Alternativas: Exprimem idéia de alternância, escolha. Ex.: Saia cedo de casa(assind.), ou espere o trânsito melhorar(sind. alternativa).
v Conclusivas: Exprimem idéia de conclusão. Ex.: Não saiu cedo(assind.), logo chegou atrasado(sind. conclusiva).
v Explicativas: Exprimem idéia de explicação, justificação, confirmação. Ex.: Venha imediatamente(assind), pois sua presença é indispensável(sind. explicativa).


Ø PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO: Quando uma oração subjuga-se sintaticamente à Oração Principal (OP). Temos esse tipo de período quando este é formado exclusivamente por orações sibordinadas.
As subordinadas classificam-se em:
v Substantivas: Exercem funções próprias de substantivos. As conjunções que e se, geralmente, introduzem esse tipo de oração.
ü Subjetivas: Exercem função de sujeito do verbo da OP. Ex.: Sua presença(sujeito) é conveniente – Que você esteja presente(or. Sub. Subst. Subj.) é conveniente(OP). Quando há esse tipo de oração, a OP apresenta verbo na 3ª p. do sing. e não apresenta sujeito expresso nela mesma.
ü Objetivas diretas: Função de OD. Ex: Espero(OP) que você case(or. Sub. Subst. OD).
ü Objetivas indiretas: Função de OI. Ex.: Necessitávamos(OP) de que nos ajudassem(Or. Sub. Subst. OI).
ü Predicativas:Função de Predicativo do sujeito da OP. Ex.: Meu maior desejo(OP) era que todos voltassem(or. Sub. Subst.Pred.).
ü Completivas nominais: Função de complemento nominal. Ex.: Tenho medo(OP) de que me traias(or.sub.subst.CN).
ü Apositivas:Função de aposto. Ex.:Desejo uma coisa(OP): que sejas feliz(or.sub.subst.apositiva).
v Adjetivas: São aquelas que exercem a função de Adj. Adn., própria do adjetivo. Vêm introduzidas por um pronome relativo.
ü Restritivas: Restringem, isto é, limitam a significação do nome a que se referem. O homem que fuma vive menos.
ü Explicativas: Não restringem a significação do nome; ao contrário, atribuem-lhe uma característica que é própria dele. Virá pausada. Ex.: O homem, que é um ser racional, diferencia-se dos animais pela linguagem.


v Adverbiais: Exercem função de adjunto adverbial. São introduzidas pelas conjunções subordinadas, menos as integrantes.
ü Causal: Exprime circunstância de causa, motivo. Ex.: Não viajamos porque estava chovendo.
ü Comparativa: Exprime circunstância de comparação. Ex.: Choveu aqui como chove em Belém.
ü Consecutiva: Exprime circunstância de conseqüência. Ex.: Choveu tanto que o jogo foi suspenso.
ü Concessiva: Exprime circunstância de permissão. Ex.: Choveu embora a meteorologia previsse bom tempo.
ü Condicional: Exprime circunstância de condição. Ex.: Viajaremos se não chover amanhã.
ü Conformativa: Exprime circunstância de acordo. Ex.: Choveu conforme era previsto.
ü Final: Exprime circunstância de finalidade. Ex.: Todos estudam para que possam vencer.
ü Proporcional: Exprime circunstância de proporção. Ex.: O trânsito piorava à medida que a chuva aumentava.
ü Temporal: Exprime circunstância de tempo. Ex.: O jogo terminou quando eram dez horas.


v Orações subordinadas reduzidas: As orações subordinadas podem aparecer sob a forma de orações reduzidas, que apresentam as seguintes características:
o verbo em uma das formas nominais (gerúndio, particípio ou infinitivo);
o não são introduzidas por conectivos (conjunções subordinativas ou pronomes relativos).
São classificadas em:
reduzida de infinitivo: Meu desejo era viajar para a Grécia.
reduzida de gerúndio: Encontrei as crianças brincando no jardim.
reduzida de particípio: Apresentado o resultado, todos discordarão.


DICA: esse tipo de oração pode ser substituído pelos pronomes demostrativos.
Para analisá-las basta fazer o seguinte:
· desenvolvê-la, isto é, tirá-la da forma reduzida, fazendo aparecer o conectivo.
· Analisar a oração desenvolvida.
· Aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzida, acrescenteando as palavras reduzida de gerúndio, reduzida de perticípio ou reduzida de infinitivo, conforme o caso.
Exemplos:
¹ Penso estar doente. – Penso(OP) que estou doente(or.sub.subst.od.).
Daí, temos, na primeira oração, uma oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinito
² Havia muitas pessoas trabalhando no campo. - Havia muitas pessoas(OP) que trabalhavam no campo(or. Sub.subst.adj.restritiva).
Daí, temos, na primeira oração, uma oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de gerúndio.


Ø TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: geralmente, os enunciados são formados por sujeito e predicado.


Sujeito: Sobre quem ou o que o predicado tem algo a informar.
Pode aparecer na ordem direta:
o S + P: Os meninos brincavam alegremente.
Ou na ordem inversa (ou indireta):
o P + S: Brincavam alegremente os meninos. / P + S + P: Alegremente, os meninos brincavam.
Ao estudar VERBO, vimos que haverá concordância em número e pessoa entre verbo e sujeito, tanto na ordem direta como na ordem inversa.

OBS.: O sujeito é normalmente representado por um substantivo. O que significa dizer que palavras ou frases com valor de substantivo também poderão assumir o valor de núcleo. Como: pronomes (Eles não compreenderam a questão.); numeral substantivo (Um é pouco.); qualquer palavra substantivada (“Sambar é chorar de alegria.”); uma frase com valor de substantivo (Ordem e progresso é o lema de nossa bandeira.); uma oração subordinada substantiva (É urgente que você se case).


v Núcleo do sujeito: Núcleo é a palavra principal ou base do sujeito. O predicado sempre faz referência ao núcleo do sujeito, isto é, diz algo a respeito. Ex.: Um enxame de abelhas sobrevoava a plantação.
v Tipos de sujeito: Quanto ao número de núcleos:


ü Sujeito simples (Um só núcleo): A garota o procurava.
ü Sujeito composto (Mais de um núcleo): Fernando e Jéssica casarão próximo mês.
OBS.: o sujeito pode estar oculto (desinencial, implícito, elíptico) ou não: Falei com Roberto sobre o tal documento.


Quanto à possibilidade de identificar ou não o sujeito:
· Determinado (aquele que pode ser identificado gramaticalmente): Romário voltou para o Flamengo. / Alguém soltou um pum! / (eu) Aprendi a ser humilde.
· Indeterminado (É aquele que não está expresso na oração, e nenhum outro termo fornece elementos para o seu reconhecimento): Levaram a minha carteira, seu guarda! / Come-se e bebe-se muito bem na Itália.


ü Oração sem sujeito (Verbo na 3ª pessoa do singular / verbos impessoais)


Verbos “ser” e “estar” na indicação de tempo ou clima:
Agora é tarde. / Está frio


Verbos que expressam fenômenos da natureza:
Chove muito em Belo Horizonte. / Anoitece mais tarde no verão. / Trovejou e relampejou muito antes de cair o temporal.


Verbos “haver”, “fazer” e “ir” quando indicam tempo transcorrido:
Faz dois meses que estou aqui. / Há duas semanas que não o vejo. / Vai para cinco dias que não aparece.


Verbo “haver” no sentido de “existir”, “acontecer”, “realizar-se” e “fazer”:
Há muitas pessoas querendo esta vaga. (existem) / Houve um acidente na BR 262. (aconteceu) /Houve uma grande passeata na Avenida. (realizou-se) / Há muitos anos que eu não vou a São Paulo. (faz)


Qualquer verbo no infinitivo pessoal:
É preciso dar atenção aos problemas ambientais.


Predicado: Informação propriamente dita. Depois de identificar o sujeito, todo o restante do período tornar-se-á o predicado.
Podemos classificar os verbos numa oração como verbo transitivo, intransitivo ou de ligação. Ao fazer esse tipo de classificação, realizamos o que se chama de predicação verbal.


o Predicação verbal:
ü Verbos Intransitivos: São aqueles verbos que, por terem sentido completo, não reclamam um complemento; podem, portanto, constituir o predicado sozinhos.
Marília morreu. / Fabiana chegou.


ü Verbos transitivos: São verbos que possuem sentido, porém o sentido é incompleto. Então precisam do auxílio de um complemento verbal para completá-los o sentido.
Esse tipo de verbo pode ter um auxílio de objeto direto (quando não apresentarem preposição obrigatória), tornando-se, assim, verbos transitivos diretos, ou de um objeto indireto (quando o uso da preposição se faz obrigatória, nessa condição os verbos serão chamados de transitivos indiretos. Há ainda a possibilidade de os verbos precisarem dos dois tipos de complemento, nesse caso os verbos serão transitivos diretos e indiretos, ao mesmo tempo.
Transitivo direto: Derrubaram o muro de Berlim. (VTD)
Transitivo indireto: Eu acredito em Deus. (VTI)
Transitivo direto e indireto: O presidente recebeu elogios da imprensa internacional. (VTDI)

ü Verbo de Ligação: São verbos que exprimem estado ou mudança de estado (não indicam, portanto, ações). O Sujeito é qualificado no objeto, ou seja, o sujeito é apenas o ser a quem se atribui alguma característica. A característica do sujeito que vem expressa no predicado acontece na forma de predicativo do sujeito. Os verbos que costumam aparecer como verbos de ligação são, principalmente: ter, haver, ser, estar, ficar, permanecer, parecer, andar.
O Brasil é um grande país. / O ministro e o seu assessor pareciam irritados.
Os verbos de ligação podem expressar:
Estado permanente: ser, viver – Ex.: A casa é nova.
Estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se – Ex.: O aluno esteve quieto durante a palestra.
Estado mutatório: Ficar, virar, tornar-se, fazer-se – Ex.: O aluno tornou-se comportado.
Estado de continuidade: continuar, permanecer – Ex.: O aluno permaneceu quieto.
Estado aparente: parecer – Ex.: O ministro e o seu assessor pareciam irritados.
Estado circunstancial: estar – Aline está gorda.


o Predicativo: Termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado. Ele pode atribuir características ao sujeito (predicativo do sujeito) ou ao objeto (predicativo do objeto). Ele pode vir ou não acompanhado de preposição: Mariana anda doente. / O relógio é de ouro.


ü Predicativo do sujeito: É o elemento do predicado que se refere ao sujeito, mediante um verbo (se ligação ou não), com a função de informar algo a respeito do sujeito.
A Terra é redonda. / Os torcedores saíram satisfeitos.


ü Predicativo do objeto: É o termo da oração que se relaciona ao objeto, atribuindo-lhe uma característica.
O juiz julgou o réu culpado. / Considerei indecorosa a sua proposta. / Gosto dela alegre.

o Tipos de predicado
ü Predicado verbal: O núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num verbo significativo (Transitivo ou intransitivo).
Os políticos lutam por melhores salários. (VTD) / O menino socorreu a menina do velho tarado. (VTDI) / As terras arenosas não produzem. (VI) / O documento pertence a Carlos. (VTI)


ü Predicado nominal: Núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido num nome (predicativo do sujeito). O verbo presente é de ligação.
A prova era difícil. (predicativo do sujeito)

ü Predicado verbo-nominal: É um predicado misto. Possui como núcleos: um verbal - num verbo significativo (transitivo ou intransitivo) - e um nominal - num predicativo (do sujeito ou do objeto).
Os atletas chegaram exaustos. (VL + Pred. Do suj.) / Os artistas terminaram a apresentação contentes. (VTD + Pred. Do suj.) / Os garimpeiros acharam o ouro valioso. (VTD + Pred. Do obj.)
Ø TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO: Termos que completam os sentidos de outros: Complementos verbais, complemento nominal e agente da passiva.


v Complementos verbais:
ü Objeto direto: Completa a significação de um verbo transitivo direto, sem o auxílio de preposição obrigatória: Carlos vendia livros. (OD)
OBS.: O objeto direto poderá/deverá vir preposicionado (ODP). A preposição não será exigida pelo verbo, mas sim, pela situação.
*Ele deverá vir preposicionado quando:

a) Para evitar ambigüidade: Preferes mar ao rio. / Ao dono o cão nunca abandona.
b) Com as formas tônicas dos pronomes pessoais: Assim és tolerante a nós e a ele.
c) Em expressões de reciprocidade, dando euforia e entendimento à frase: Os homens matam-se uns aos outros.
d) Quando for o pronome relativo quem com antecedente explícito: Tu tinhas uma vaca a quem amavas.
e) Quando for representado por um pronome oblíquo tônico: Nunca enganaram a ti.
f) Com o nome Deus com o nome Deus: Louvamos a Deus.
*Ele poderá vir preposicionado quando:
a) Com pronomes de tratamento: Estimo a Vossa Senhoria.
b) Quando o objeto direto precede o verbo: Aos meninos não convidou.
c) Quando o objeto direto é nome próprio de pessoa: Censuraram a Paulo.
d) Quando o objeto direto é composto, sendo o primeiro núcleo um pronome átono: Respeita-me e a meus amigos.
e) Quando há idéia de comparação: Olhou-te como a um inimigo.
f) Quando há idéia de partitivo: Beba do leite.
g) Quando se quer enfatizar o objeto direto: Ele sacou da arma.
h) Com pronomes indefinidos: Elogiamos a todos.
i) Com o pronome QUEM se ele não possuir antecedente: A quem encontraremos na festa?
j) Com numerais: Sempre trataste aos dois com o mesmo carinho.
ü Objeto indireto: Completa a significação de um verbo transitivo indireto, com o auxílio obrigatório de preposição: Carlos gosta de música. (OI)
ü Objeto constituído por um pronome oblíquo: Objetos diretos: o(s), a(s); objetos indiretos: Lhe(s). Os pronomes me, te, se, nos, vos podem classificar-se tanto como direto como indireto, para diferenciá-los, basta atentar para o verbo o qual complementam o sentido, se são VTDs, ou VTIs. Ex.:
O pai deixou-as em casa. (OD) / A resposta interessava-lhe. (OI) / Espero-te na estação. (OD) / Pertencem-te todos os presentes. (OI) / Não me convidaram. (ODP) / Isto não me convém. (OI)
ü Objeto pleonástico: (Lembre-se que, pleonasmo é uma figura de construção que consiste numa redundância de objetivo enfático). Por motivos puramente estilísticos, como, por exemplo, para chamar a atenção sobre o próprio objeto, pode esse termo aparecer repetido na oração. Não é exigência verbal, é apenas uma forma enfática que pode ser retirada da oração sem qualquer ônus para o entendimento. A esse pleonasmo é dado o nome de objeto pleonástico, justamente por ser a repetição do objeto normal. Nesse caso, uma das formas é sempre um pronome átono. Ex.:
Estas belas flores, comprei-as ontem.(OD pleonástico) / Ao aluno relapso, nenhuma disciplina lhe interessa. (OI pleonástico).
Muitas vezes, o objeto pleonástico está repetindo a forma tônica do pronome oblíquo: A mim, ninguém me engana. (OI-tônico. / OI pleonástico-átono).


v Agente da passiva: Termo da oração que se refere a um verbo na voz passiva, sempre introduzido por preposição, com o fim de indicar o ser que executa a ação verbal sofrida pelo sujeito. Se mudarmos a voz do verbo para a voz ativa, o agente da passiva assumirá função sintática de sujeito. Ex.: As terras foram desapropriadas pelo governo. (agente da passiva – voz passiva analítica) – O governo desapropriou as terras. (sujeito) / Este mar se navega de cruéis marinheiros. (Agente da passiva – voz passiva sintética)


v Complemento nominal: É o termo que completa o sentido de um nome incompleto do mesmo modo como o objeto completa o verbo. Vem sempre acompanhado de preposição. O nome completado pelo complemento nominal é um adjetivo, advérbio ou substantivo e é sempre abstrato.
ü Completando substantivos:
As crianças têm necessidade de proteção.
Foi realizada a venda da casa?
ü Completando adjetivos:
Isso é benéfico ao país.
Estão todos preocupados com você.
ü Completando advérbios:
Ele mora perto de Pedro.
Sempre pensamos favoravelmente aos jovens.


Ø TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO E VOCATIVO: Adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.


Adjunto adnominal: É o termo de valor adjetivo que gira em torno de um núcleo substantivo ou substantivado de um outro termo da oração. O adjunto adnominal pode pertencer:
ü Ao sujeito: Aquele livro é meu.
ü Ao predicativo: Ela é tua amiga?
ü Ao objeto direto: Traga o jornal.
ü Ao objeto indireto: Gosto de sorvete de morango.
ü Ao complemento nominal: Ele tem adoração por esta moça.
ü Ao agente da passiva: A revista será lida por vários alunos.
ü Ao aposto: Aquele é Pedrinho, filho de Maria.
ü Ao vocativo: Meu Deus, ajuda-nos.


v Adjunto adverbial: Termo da oração que se liga a um verbo, com ou sem preposição a fim de indicar uma circunstância qualquer. Pode também estar ligado a adjetivos ou advérbios: O inverno chegou cedo. / Os estudantes leram o livro na biblioteca. / Flávia é muito chata. / Aristides fala muito bem.


v Aposto: Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo. Entre o aposto e o nome a que ele se refere, poderá ou não haver uma pausa, marcada na escrita por sinal de pontuação. Há alguns tipos de aposto:
ü Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.
ü Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: A cidade de São Paulo apresenta altos índices de poluição ambiental.
ü Enumerador: seqüência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.
ü Distributivo: É aquele que distribui as informações de termos separadamente. Geralmente, utilizado com ponto e vírgula.Ex.:Henrique e Núbia moram no mesmo país; esta na cidade do Porto, e aquele, na cidade de Lisboa.
ü Oracional: É o aposto que possui um verbo.Ex.: Desejo uma única coisa: que a Wikipédia atinja 500 mil verbetes ainda este ano.
ü Comparativo: É o aposto que compara.Geralmente entre vírgulas. Ex.:A inflação, monstro devorador dos salários, é sempre uma ameaça à estabilidade econômica do país.
ü Recapitulativo (resumidor): É o aposto que recapitula toda a oração. Ex.: Trocar fraldas, amamentar, limpar o nariz, acordar de noite, tudo exige paciência.
v Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido. É termo independente da oração, não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado. Vem sempre separado por um sinal de pontuação (vírgula ou ponto de exclamação) e quando se quer enfatizar, costuma-se precedê-lo pela interjeição de chamamento ó. Ele pode vir no começo, no meio ou no final da oração. Ex.: Ó meu Deus! Dá-me forças! / “Gosto muito de você, leãozinho.”

♥ Adjunto adnominal vs. Complemento nominal – A dificuldade em diferenciar ocorre quando o adjunto adnominal é introduzido por preposição.
ü Se o termo introduzido por preposição estiver ligado a adjetivo ou advérbio, será complemento nominal, pois o adjunto liga-se apenas a substantivo. Era favorável ao divórcio. (adjetivo – comp. nominal) / Depôs favoravelmente ao réu. (advérbio - CN)
ü Se o termo estiver ligado a substantivo abstrato, será: Adjunto adnominal, se tiver sentido ativo ou de posse: A resposta do aluno foi satisfatória. / O amor de mãe é o maior que existe.; Será Complemento nominal se tiver sentido passivo: A resposta ao aluno foi satisfatória. / O filho tem amor pela mãe!


♥ Adjunto adnominal vs. Predicativo do objeto – a diferenciação pode ser feita analisando um simples detalhe: Se, ao substituir o termo caracterizado, o acompanhamento sumir, será um adjunto adnominal; senão, será o predicativo. Ex.: Busquei o caderno velho. --> Busquei-o. (Adj. Adn.) / Considero sua decisão triste. --> Considero-a triste. (pred. do objeto)


♥ Adjunto adnominal vs. Aposto especificativo – Recorremos à definição que nos diz que o adjunto adnominal indica posse, como vimos ao relacionar as diferenças entre adj. adn. e CN. Quando dizemos: A cidade de São Paulo é grande.; temos um aposto especificativo, pois São Paulo não possui uma cidade. Enquanto que em: O cidadão de São Paulo é trabalhador.; temos um adjunto adnominal, pois o cidadão pertence à São Paulo.

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